três dedinhos pequeninos de conversa
Caí aqui de pára-quedas e vou fazer aquilo que prometi: dar-vos três dedos de conversa.
A primeira coisa a fazer foi procurar um tema interessante para falar.
Vieram-me uns quantos á cabeça, fui eliminando os que para mim teriam menos interesse e fiquei com a mesma incerteza inicial deparando com uma cabeça oca de ideias que outrora estava a transbordar.
Há os temas chatos, os demasiado chatos, os desinteressantes, os que tem certa piada, há ainda os que tem bastante piada… os que nem vale a pena discutir, os politicamente incorrectos e os temas já muito batidos.
Enfim…temas de conversa.
Pronto…lá me decidi. Tendo em conta a juvenilidade deste blog, decidi falar sobre um tema mais adequado à idade: a infância!
Txi…quem não tem saudades das brincadeiras de criança? De passar uma tarde a ter diálogos com os amigos imaginários ou então com os nenucos (falar pró boneco), de pedir um gelado á mamã, aquele brinquedo ao papá…de esconder os cacos daquela jarra que partimos à avó com um grande chuto igual ao craque da nossa equipa… jogar as escondidas e correr ás caçadas com os meninos todos…De trocar a roupa as bonecas, cortar-lhes o cabelo e fazer-lhes curativos.
Passar horas colado á TV a ver a Rua Sésamo enquanto mamávamos a xuxa, enviar cartas ao pai natal e trocar correspondência amorosa com um menino da sala, arrancar os dentinhos de leite, comer nestum e cerelac, dançar as músicas dos verdadeiros Onda Choc, comer suissinhos…tudo passatempos de miúdos.
Comíamos a sopa toda para depois dar uma trinca na sobremesa, mascavamos as “Gorilas” que eram uma espécie de “paralelepípedos que mal cabiam na boca” e brincávamos com o tamagotchi.
É claro que não desgosto desta “primavera da vida” mas tenho saudades de ser a mãe a passar a roupa, de comer a comidinha da vóvó todos os dias, de ter no mealheiro alguns trocos. De certo estaria bem mais contente se não tivesse estas borbulhas na testa, estas as dores nas costas e paletes de matéria para marrar...bem, cenas próprias de uma pessoa com 17 anos e meio…mas enfim…é a VIDA!
Bate uma certa nostalgia quando me lembro dos pensamentos irracionais que tinha…de imaginar o que seria quando fosse “grande”( se bem que só tenho 161 cm e não devo passar disto) professora primária, cabeleireira, power ranger, treinadora de golfinhos (?!) e muitas coisas mais. Ás vezes apetece pensar assim, pondo de parte os stress’s e os “porquês”, dar alas á imaginação e planear o futuro de maneira irracional.
Agora já não é tudo tudo tudo cor-de-rosa… e já só vemos os Simpsons e o Dragon ball nos canais da cabo!
Fiquemos com a saudade dos momentos de infância e vivamos o presente como se não houvesse amanha!
Contudo, acho uma coisa curiosa e estranha no ser humano… quando somos miúdos queremos ser mais velhos, quando somos velhos, queremos ser miúdos.
Bom é manter o sorriso de criança que recebe uma prenda…e saber coisas próprias dos adultos.
Opinem com fartura, exibam as vossas recordações.
Estes foram os primeiros três dedos de conversa.