Três dedos de conversa

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Terça-feira, 09 de Outubro de 2007

voltei...

São três. Os dedos do costume.

Ainda têm unhas porque eu não tenho o mau hábito de as rorer quando estou com mais duas doses de stress do que o normal.

 Com mais tempo em casa do que o costume tenho tido a grande oportunidade de ver os programas para os tais idosos e emigrantes que dá pelas nossas tardes.

Primeiro pela razão de melhorar a minha tecnica de bater palmas, porque sabe-se-lá quando vou tropeçar na oportunidade de estar a fazer de papel de parede num programinha desses. E depois porque não tenho mais nada que fazer e não está a dar anda de jeito na FOX.

Parei  na tvi. Ás vezes temos essa necessidade.

“As tardes da Júlia” preenchiam o programa daquela tarde. Depois de ver uns 20 minutos deu para ter a noção que cor-de-rosa ali era só mesmo o estúdio.

As histórias eram de facto deprimentes. Na minha opinião acho que as pessoas que estão ali sentadinhas estão a competir para quem conta a história mais dramática.

É quem mais chora...

Quem vê fica com a perfeita noção de que o mundo que está lá fora é pior que...

Ou porque alguém ia na rua e lhe caiu um “coiso” em cima e pumba, morreu. Ou porque alguém ia na estrada e assistiu ao desastre do próprio filho que depois de voar uns tantos metros lhe foi calhar em cima do seu prórpio automóvel, ou ainda alguem que foi operado e correu...mal, claro está. Electrodomesticos que explodem, comidas que fazem mal, doenças incoravéis. É um leque variadissimo de historias que têm quase sempre o mesmo final.

É claro q quem vê isto tem um medo terrivel de sair de casa, vá...de se mexer. Porque houve quem se mexeu e partiu ossos.

Pois, está bem, até que acontecem algumas destas coisas. É preciso prevenir... está certo. Pronto, é melhor tirar a mantinha das perninhas, pousar o comando e as bolachas, sair do sofázinho e ir ver o mundo com os meus próprios olhos. Mundo que não é tão cor-de-rosa como o cenário, nem tão negro como as histórias. É assim uma paleta de cores... cada um pinta como quiser ou conforme os pincéis que possui.

 

Espero que a tela não me caia em cima...

 

publicado por Joana às 16:56
sinto-me: sentada na cadeira de rodinhas

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