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Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2006, o relógio do computador marca 22:42. Sento-me na minha cadeira azul com rodinhas e preparo-me para escrever. Na televisão as publicidades incomodam a criatividade, e por isso, num gesto seco, carrego no botão que a desliga.
O silêncio abunda na sala, apenas se ouve o som dos meus dedos a bater sobre o teclado e a lenha a estalar na lareira.
Em dois minutos faz-se uma reflexão daquilo que se passou no dia, dois minutos chegam perfeitamente.
São agora 22:47.
Apesar de uma pequena dor a ressacar do dia anterior, uma dor já fora de validade, levei o dia como se a alma estivesse esterilizada.
Porque existem coisas boas nesta vida e não estão tão longe como parecem, e, ás vezes um sorriso, uma palavra amiga, uma surpresa e uma ida ás comprar com a mãe faz levantar a moral e limpar pequenas nódoas no lugar do coração. Hoje estamos muito nostálgicos, estamos.
22:51 E relembro a quantidade de sorrisos que dei, que partilhei e que recebi só neste dia.
E é assim que devemos levar esta vida, por sujo que esteja o sítio onde guardamos quem mais gostamos.
Num tom sereno me despeço por hoje, com vontade de voltar a deixar aqui mais três dedinhos de conversa.
Joana Alves